5 COMPORTAMENTOS QUE DEVEM CONSTAR NO MANUAL DO AVALIADOR DE DESEMPENHO
Autor:
Addae do Carmo
Avaliar pessoas não é apenas
uma atividade empresarial é uma arte, que se bem executada pode trazer
resultados surpreendentes. Nesse artigo, quero levantar questões que deverão
compor seu manual de avaliação de desempenho e que foram publicadas em 1973 por
Cecília Whitaker Bergamini, porém não perderam nem um pouco a importância. Estava
revirando minhas coisas e achei esse livro que mesmo velho tem uma grande
importância para gestores, administradores e profissionais de Recursos Humanos,
que fazem ou participam do processo de avaliação de desempenho em suas
organizações, por afirmar sem medo de errar que essa é uma literatura
indispensável para quem quer se aperfeiçoar no assunto.
Segundo Bergamini (1973, p.
127) é preciso antes de qualquer coisa conhecer bem cada homem que está sob sua
responsabilidade. A experiência de trabalho nos pode mostrar que cada indivíduo
é diferente do outro. Por esse motivo nem todosa executam o mesmo trabalho ou,
ainda, cada um deles apresenta uma atitude individual no serviço. Essa
diferença pode ocorrer por dois motivos, ou já nasceram assim no caso de
aptidões ou porque no decorrer da vida cada um passou por diferentes ambientes
sociais nos quais teve experiências ou enfrentou situações que ninguém mais
teve ou enfrentou como ele. (BERGAMINI, 1973, P. 128-129).
Portanto analisando esses
fatos podemos concluir que não é nem um pouco fácil avaliar as pessoas e Cecília
W. Bergamini apresenta três características que são essenciais para os
avaliadores, “Ser um observador arguto; Ter boa memória; E, sobretudo, ser imparcial”
(BERGAMINI, 1973, P. 130), mas também podemos considerar conforme citado mais a
frente no livro mais duas características, que são conhecer o trabalho e
conhecer o padrão do trabalhador. Ao abordarmos cada item individualmente é
possível afirmar com mais certeza o quanto cada um desses itens é importante:
1.
Ser Observador Arguto: um avaliador tem que ser um bom
observador a fim de distinguir se as falhas apresentada no trabalho foram
originadas pela falta de capacidade do empregado, má vontade, falta de
treinamento adequado, mau estado do maquinário entre outras coisas que podem
causar um mau desempenho. (BERGAMINI, 1973, p.130)
2. Ter
Boa Memória: É comum os avaliadores se deixarem levar por
um fato bom ou ruim recente e se esquecer do desempenho passado do colaborador
e Cecília Bergamini ressalta que não se deve deixar impressionar pelo
acontecimento mais recente e sim levar em conta toda uma série de fatos que se
sucedam com o decorrer do tempo. (BERGAMINI, 1973, p.131)
3.
Ser Imparcial: É muito importante ter em mente que o
momento da avaliação de desempenho não é um ajuste de contas, é um relatório
sobre a atividade exercida por alguém. Sendo objetivo, evita-se o colorido de
simpatias ou antipatias pessoais, as quais só podem resultar em incoerências ou
injustiças desagradáveis.(BERGAMINI, 1973, p.132)
4.
Conhecer o Trabalho: quando não sabemos do que se trata um
serviço qualquer, não podemos chegar a conclusão se ele está sendo bem ou mal
executado, pois não temos conhecimento suficiente para efetuarmos tal
avaliação. (BERGAMINI, 1973, p.132).
5.
Conhecer o Padrão do Trabalhador:quando se pensar em avaliar
é necessário se ter idealizado qual o melhor tipo de colaborador para aquela
função, isto é, quais as características que ele deverá ter. Isto sim serve
como ponto de referência ou benchmark.
É impossível compara qualquer coisa se não se tem um ponto de referência ou um
padrão. (BERGAMINI, 1973, p.133)
Essas dicas podem ser úteis
para qualquer avaliador e são indispensáveis caso se queira trabalhar com
excelência, sempre pensamos como irmos avaliar, mas as vezes é bom pensar quem
esta avaliando a minha avaliação?
REFERÊNCIA
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Avaliação de Desempenho Humano. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1973.
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