MEDO DE SER CRIATIVO
Autor:
Addae do Carmo
Autor: Addae do Carmo.
Nesse
inicio de 2015 muitas organizações lançaram um desafio a suas equipes, “Sejam
Criativos”, mas quantas dessas estão realmente preparadas para absorver essa
criatividade? Em um era que se busca a constante inovação essa é uma questão
muito pertinente e relevante. Segundo White, Hodgsone Crainer (1995, p. 92)
“Crianças são natural e instintivamente criativas. Compare isso com as
organizações que natural e instintivamente desconfiam da criatividade […]”, as
corporações por mais que digam que são abertas a criatividade, infelizmente não
o são de fato.
Os gestores
devem lidar com cenários em constante mudança, despendemtempo e dinheiro
criando planos estratégicos e estruturas fixas, por isso quando são
confrontados por ideias se retraem. “[…] Na empresa tradicional, os elementos
de criatividade são isolados. É arriscado fazer o novo e diferente. […]”
(WHITE;HODGSON; CRAINER, 1995, p. 92). Conforme gestores adquirem experiência
quase que unanimemente assumem que sua função dentro da organização é de
unicamente gerar resultados positivos, sejam esses financeiros ou não. Por esse
motivo vão sempre buscar formas mais seguras e conhecidas, irão se basear em
fatos, projeções e estratégias passadas.
Nessa
busca por segurança constantemente as pessoas que tem ideias acabam sendo
deixadas de lado, numa tentativa de controla-las:
Os
“nerds” e outros tipos parecidos habitam um mundo próprio, que é colocado à
parte do curso normal dos acontecimentos. Como são difíceis de se administrar,
as empresas escolhem não administrá-los. O estereótipo sugere que apesar de
poderem ter ideias brilhantes, não têm a menor compreensão da realidade
comercial. Colocados à parte, eles podem ser controlados e os efeitos
perniciosos da criatividade ‘inconvencional’ não vão se infiltrar no resto da
organização.(WHITE; HODGSON; CRAINER, 1995, p. 92).
Como
vimos pessoas que tem ideias brilhantes são constantemente deixadas de lado,
muitas vezes consideradas pessoas que seriam incapazes de atingir uma meta ou
de alcançar resultados por menores que esse sejam. Podemos aprendem muitos
observando as crianças e a forma que se abrem a criatividade e absorvem
estímulos. É possível notar que crianças mudam rapidamente de uma atividade
para outra e para elas não existe uma forma correta de se fazer qualquer coisa
que seja. Existem sempre métodos alternativos e elas os usam independentemente
do quão estranhos e pouco usuais possam parecem. É de se admirar como não se
deixam levar pela forma como as coisas sempre foram feitas, pela forma como
algo deveria ser feito ou muito menos pela forma que um indivíduo faz as coisas
(WHITE; HODGSON; CRAINER, 1995, p. 94).
Devemos
de fato nos aventurar no mundo das ideias sem preconceitos e se deixar levar
pela necessidade de inovação e ter dentro de nós mesmos um sentimento pulsante
de inconformismo. “Um ditado famoso é que quem ensina o gatinho a caçar ratos é
o rato e não a gata mãe. À medida que os ratos ficam mais difíceis de se caçar,
os gatinhos aprendem a caçar ratos mais difíceis[…]”(WHITE; HODGSON; CRAINER,
1995, p. 95). O que se deve ter em mente é que ideias mais complexas e pontos
de vista variados são apenas formas de se alcançar metas mais difíceis.
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REFERÊNCIAS
WHITE, P. Randall.
HODGSON, Philip. CRAINER, Stuart. A Liderança do Futuro:
Estratégias para lucrar mais aproveitando as incertezas. São Paulo: Nobel,
1998.
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